ESCOLA SABATINA (Estudo Diário da Bíblia)

NAVEGUE NA PÁGINA DIGITALIZADA

LIÇÃO 10

O DISCIPULADO SOBRE PRESSÃO

SÁBADO A TARDE

LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: l Reis 18; Mateus 26:56; Lucas 9:51 -56; João 6:1-15, 12:1-6, 18:1-11, 21:15-19.

VERSO ÁUREO: “Se te fatigas, correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com cavalos? Se tão somente numa terra de paz estás confiado, que farás na enchente do Jordão?” Jeremias 12:5.

JÁ ALGUMA VEZ OUVIU FALAR DA LEI DE MURPHY? 
É por alguns considerada uma das leis fundamentais da Natureza, tão universal como a gravidade e o electromagnetismo. Dita resumidamente, afirma isto: O que tiver de ir mal vai mal.
Todos nós já tivemos momentos, talvez dias (ou até mais), que parecem seguir a lei de Murphy. Por vezes, a nossa experiência como discípulos parece segui-la também. É certo que temos as promessas de Deus, que nos devem ajudar a não ficar desanimados, mas é muito fácil por vezes, mesmo com essas promessas, em desespero, sermos tentados a desistir. Claro que, sejam como forem as circunstâncias, nunca devemos desistir.
Vamos esta semana estudar alguns discípulos e ver o que se pode aprender com os seus dias maus.

A SEMANA NUM RELANCE: Que aviso devemos receber da aposta dos discípulos no poder político? Que lições tem Judas a dar-nos? O que é que estava por detrás da disposição de Tiago e João em destruir aqueles que rejeitavam Jesus? Que lições retiramos da impetuosidade e do arrependimento de Pedro? Por que razão, depois de terem visto tanta coisa, os discípulos todos abandonaram Jesus na Sua hora de maior necessidade?

DOMINGO, 2 de Março
O MODELO DO PODER


A fé religiosa pode ser um poderoso instrumento, quer para o bem quer para o mal. O mesmo impulso que motiva alguém “a perder a sua vida” (Mat. 16:25) por amor a Cristo pode, noutras circunstâncias, motivar outros a fazerem-se explodir em nome de Deus. Ao fim e ao cabo, se alguém acredita que Deus o/a está a chamar para fazer uma dada coisa, quem é que vai permitir que quaisquer tipos de considerações terrenas se venham intrometer no seu caminho? Esta é a razão por que, por exemplo, alguns governos procuram abafar a religião entre o povo, porque não querem que o povo tenha uma aliança com uma autoridade mais elevada, sendo que não se pode ter nada mais elevado do que o Divino. Por outro lado, alguns governos não se coíbem de procurar cooptar o extraordinário poder da religião, e de se servirem dele para seu próprio proveito. O discípulo de Cristo tem de estar ciente dos variados perigos envolvidos no abuso do poder da religião.

Leia João 6:1-15. Que lição se pode aprender com este texto sobre a forma como o discípulo de Cristo deve olhar o poder político?
João 6:1 Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, também chamado de Tiberíades.
:2 E seguia-o uma grande multidão, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
:3 Subiu, pois, Jesus ao monte e sentou-se ali com seus discípulos.
:4 Ora, a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
:5 Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Felipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
:6 Mas dizia isto para o experimentar; pois ele bem sabia o que ia fazer.
:7 Respondeu-lhe Felipe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pouco.
:8 Ao que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
:9 Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?
:10 Disse Jesus: Fazei reclinar-se o povo. Ora, naquele lugar havia muita relva. Reclinaram-se aí, pois, os homens em número de quase cinco mil.
:11 Jesus, então, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos que estavam reclinados; e de igual modo os peixes, quanto eles queriam.
:12 E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
:13 Recolheram-nos, pois e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
:14 Vendo, pois, aqueles homens o sinal que Jesus operara, diziam: este é verdadeiramente o profeta que havia de vir ao mundo.
:15 Percebendo, pois, Jesus que estavam prestes a vir e levá-lo à força para o fazerem rei, tornou a retirar-se para o monte, ele sozinho.


Embora seja óbvio que o propósito de Jesus na Terra não era o de se tornar um rei terreno, é claro que o amontoar poder político não deve ser equiparado ao fazer a obra do discipulado. Que Deus possa colocar pessoas em lugares de poder, ou que Ele possa usar pessoas em posições de poder, é uma coisa; outra é de alguma forma considerar o amontoar poder político em nome de Deus como sendo obra de Deus, serviço de discipulado. Infelizmente, nem mesmo os Seus mais próximos discípulos entenderam este ponto importante: “Os discípulos unem–se à multidão em declarar que o trono de David é a legítima herança do seu Mestre. É a modéstia de Cristo, dizem, que O faz recusar essa honra…. Tomam ansiosamente providências para executar o seu desígnio.” – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 378 (edição da P. A., pp. 358, 359, capítulo XL). Aproveitando-se da expectativa entusiasmada e da euforia da multidão, os discípulos procuraram pela força pegar em Jesu s e fazê-l´O rei da nação (João 6:14 e 15). Isto era discipulado à maneira deles. Reagindo a esta movimentação, Jesus despediu a multidão, mandou os discípulos para o outro lado do lago e foi para o monte, a sós, para orar.

De que diferentes maneiras, mesmo a um nível mais pessoal, se pode abusar da religião e arregimentá-la para os nossos próprios fins egoístas?

SEGUNDA-FEIRA, 3 de Março
O MODELO DA GANÂNCIA


Houve alguém que uma vez disse: “Se quiseres ficar rico, funda uma religião.” É uma pena, mas há muito de verdade nesta afirmação desdenhosa. Afinal de contas, quando se lida com fé religiosa, está-se a lidar com alguns dos aspectos mais importantes da existência humana. Está-se a lidar com o significado da vida, com a esperança da eternidade, com a crença de que somos perdoados por Deus de todos os nossos pecados. Por muito que Jesus, Ele mesmo, por modelo e por exemplo, tivesse levado uma vida de negação própria e pobreza, por muito que Ele nos tivesse advertido contra o deixarmo-nos enredar nas coisas deste mundo, a história da igreja está repleta de exemplos daqueles que se apropriaram do poder da religião e das ideias religiosas para obterem riqueza para si mesmos, muitas vezes à custa dos pobres e desafortunados.

Leia João 12:1-6 e depois responda às seguintes perguntas:
João 12:1 Veio, pois, Jesus seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
:2 Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
:3 Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo.
:4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse:
:5 Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?
:6 Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidado dos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava.


1. Que simbolismo se encontra neste gesto de Maria? Noutras palavras, de que modo isto representa as atitudes do verdadeiro discípulo de Cristo? Veja também Mateus 13:46; Filipenses 3:8.(Mat 13:46 e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.Php 3:8 sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo,)

2. Que nos diz este episódio sobre a importância dos motivos por detrás dos nossos actos?

3. Que textos afirmam que Lázaro, o Lázaro ressuscitado, estava à mesa com eles. Que razão torna os actos de Judas ainda mais repugnantes, mais indicativos da forma como ele estava cego para o seu próprio pecado?


Foi com boas razões que o apóstolo Paulo fez aquela famosa declaração que ficou em l Timóteo 6:10. Judas acabou por perder a alma devido ao seu amor pelo dinheiro. Parece que desde o princípio ele estava à procura de ser o número um; ele próprio, e o desejo de obter coisas para si mesmo, foram impregnando o seu próprio discipulado. Naturalmente que os outros discípulos não estavam totalmente isentos de interesses egoístas, mas foi com Judas que isso atingiu o máximo.

Como é que pode pessoalmente estar certo/a de que não há motivos egoístas a envenenar o seu desempenho como discípulo de Cristo? Além disso, no caso de detectar alguns motivos menos puros, como é que se pode livrar disso?

TERÇA-FEIRA, 4 de Março
O MODELO DO TROVÃO


Havia pelo menos dois pares de irmãos entre os doze discípulos de Jesus. Quando foram chamados, Jesus alcunhou o par formado por Tiago e João de Boanerges, ou “filhos do trovão”. Alguns comentaristas acreditam que Jesus deu-lhes este nome por causa do seu temperamento frontal e acalorado. Daí que se tenha escolhido chamar a essa atitude no discipulado o modelo do trovão.

Leia Lucas 9:51-56. Repare na reacção dos discípulos à rejeição de Jesus. Ao ler isso, procure colocar-se no lugar desses discípulos. Que razões teriam eles para reagirem como reagiram? Noutras palavras, que coisas ouviram eles dizer a Jesus, ou que outros exemplos do Antigo Testamento poderiam eles ter recordado, capazes de os levar a reagir daquela maneira? Veja, por exemplo, Gén. 6, 7; Mat. 8:12,13:42; Marcos 6:11.
Lucas 9:51 Ora, quando se completavam os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém.
:52 Enviou, pois, mensageiros adiante de si. Indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe prepararem pousada.
:53 Mas não o receberam, porque viajava em direção a Jerusalém.
:54 Vendo isto os discípulos Tiago e João, disseram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir [como Elias também fez?]
:55 Ele porém, voltando-se, repreendeu-os, [e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.]
:56 [Pois o Filho do Homem não veio para destruir as vidas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.]
Gen 6:7 E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito.
Mat 8:12 mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
Mat 13:42 e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.
Mar 6:11 E se qualquer lugar não vos receber, nem os homens vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles.


Existe um certo número de problemas com a reacção dos discípulos. Há nisto zelo pelo Senhor, o que é bom e algo que todos os discípulos devem ter. Só que o zelo mal direccionado, mesmo numa boa causa, pode provocar mais dano do que proveito. Por exemplo, Tiago e João recorreram à história de Elias como modelo. O único problema é que eles aplicaram-na mal. Elias fez descer fogo do céu para consumir as ofertas de sacrifícios (l Reis 18), não para destruir gente recalcitrante (ele atingiu esses fins por outros meios).
O pior de tudo foi, obviamente, a sua atitude dura e condenatória para com pecadores. O trabalho de todo o discípulo de Cristo deve ser o de procurar meios de trazer pecadores aos pés da Cruz, mostrando-lhes a incrível misericórdia e a graça de Deus, que em Si mesmo assumiu o castigo dos pecados de todos esses pecadores. Assim sendo, não importa quão pecaminosa tenha sido a vida desses pecadores, por meio de Jesus podem obter o perdão total, absolvição absoluta e uma nova vida n´Ele. É esse o nosso trabalho como discípulos; vamos deixar o julgamento com o Senhor.

Que grau de atitude condenatória tem pessoalmente para com aqueles que considera transviados e errados? De que modo se manifesta para com estas pessoas a graça e a misericórdia de Deus, ao mesmo tempo que se não dá a ideia de que desculpamos ou aprovamos o seu estilo de vida e/ou crenças?

QUARTA-FEIRA, 5 de Março
O MODELO DO PEDRO ARREPENDIDO


O apóstolo Pedro é conhecido como o discípulo impetuoso que tinha sempre alguma coisa a dizer a respeito fosse do que fosse. Lucas 22:33 e 34 relata que ele estava tão seguro de si mesmo e do seu discipulado que prometeu acompanhar Jesus até à prisão e à morte. Claro que não demorou muito até que tivesse de se retratar a respeito daquelas palavras (Mat. 26:69-75).

Leia João 18:1-11. O que é que o texto nos diz sobre a personalidade e o carácter de Pedro, sobretudo à luz de Mateus 26:69-75?
João 18:1 Tendo Jesus dito isto, saiu com seus discípulos para o outro lado do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim, e com eles ali entrou.
2 Ora, Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque muitas vezes Jesus se reunira ali com os discípulos.
3 Tendo, pois, Judas tomado a coorte e uns guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou ali com lanternas archotes e armas.
4 Sabendo, pois, Jesus tudo o que lhe havia de suceder, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
5 Responderam-lhe: A Jesus, o nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, também estava com eles.
6 Quando Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram, e cairam por terra.
7 Tornou-lhes então a perguntar: A quem buscais? e responderam: A Jesus, o nazareno.
8 Replicou-lhes Jesus: Já vos disse que sou eu; se, pois, é a mim que buscais, deixai ir estes;
9 para que se cumprisse a palavra que dissera: Dos que me tens dado, nenhum deles perdi.
10 Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco.
11 Disse, pois, Jesus a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não hei de beber o cálice que o Pai me deu?
Mateus 26:69 Ora, Pedro estava sentado fora, no pátio; e aproximou-se dele uma criada, que disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
70 Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71 E saindo ele para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno.
72 E ele negou outra vez, e com juramento: Não conheço tal homem.
73 E daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Certamente tu também és um deles pois a tua fala te denuncia.
74 Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
75 E Pedro lembrou-se do que dissera Jesus: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.


Todos conhecemos o fracasso de Pedro. Tal ficou no relato como uma extraordinária lição para todos os discípulos de Cristo. É-nos impossível trabalhar para o Senhor na nossa própria força e capacidade. É fundamental que dia após dia nos consagremos a Jesus. Ele é a videira, nós somos as varas; sem Ele nada podemos fazer, sobretudo não conseguimos ser discípulos fiéis. Mais uma vez, o zelo pelo Senhor e a Sua causa é algo maravilhoso, mas tem de ser realizado sob a soberania do Senhor Jesus Cristo.

Leia João 21:15-19. O que é que isto nos ensina sobre o que Jesus pode fazer por aqueles dos Seus discípulos que, arrependidos dos seus erros, não desistem de Cristo?
João 21:15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu- lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos.
16 Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas- me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres.
19 Ora, isto ele disse, significando com que morte havia Pedro de glorificar a Deus. E, havendo dito isto, ordenou-lhe: Segue-me.


“Aí se dá uma lição a todos os seguidores de Cristo. O evangelho não transige com o mal. Não pode desculpar o pecado. Os pecados secretos devem em segredo ser confessados a Deus; mas o pecado público requer pública confissão…. Dando provas de arrependimento, deve o discípulo remover o vitupério, tanto quanto esteja ao seu alcance…. Três vezes negara Pedro abertamente o Senhor, e três vezes Jesus obteve dele a certeza do seu amor e lealdade, insistindo naquela penetrante pergunta, seta aguda ao seu ferido coração. Jesus revelou perante os discípulos reunidos a profundeza do arrependimento de Pedro, e mostrou quão completamente humilhado se achava o discípulo outrora jactancioso.” – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pp. 811, 812 (edição da P. A., pp. 775, 776, 777, capítulo LXXXV).
Repare-se no que Jesus disse a Pedro em João 21:18 e 19. Basicamente Jesus estava a dizer a Pedro que, no final de tudo, Pedro iria terminar por morrer pelo Senhor que tão fervorosamente amava. As palavras de Pedro, no fim, mostraram-se verdadeiras, mas unicamente depois de ele ter aprendido algumas duras lições a respeito do discipulado.

Já tem feito promessas jactanciosas, unicamente para, vez após vez, fracassar em as cumprir? O que é que consegue aprender com a história de Pedro, capaz de o/a ajudar a não desistir?

QUINTA-FEIRA, 6 de Março
O MODELO DA FUGA

“Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.” (Mat. 26:56).

Mateus 26:56 Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o fugiram.


Os discípulos passaram três anos e meio com Jesus. Tiveram privilégios que muito poucos no mundo alguma vez tiveram. Viram coisas que poucos seres humanos alguma vez testemunharam. Afinal de contas, entre os milhares de milhões de seres humanos deste mundo quantos alguma vez viram Jesus em carne? Além disso, quantos alguma vez interagiram com Ele dia após dia enquanto Ele aqui viveu na carne? Estes discípulos contaram-se entre os seres humanos mais privilegiados que alguma vez viveram.
É claro que isto fez parte do problema – eles eram humanos, seres humanos caídos e, por conseguinte, por muito que o Senhor fizesse por eles, as lições não eram facilmente aprendidas.

Dê uma vista de olhos por um dos Evangelhos, qualquer um deles. Quais foram algumas das coisas espantosas que Jesus disse ou fez na presença dos Seus discípulos? Quantas provas incríveis lhes deu Ele a propósito de quem Ele era? Depois de rever esses incidentes, preste atenção ao texto de hoje. Que terrível mensagem, um aviso até, se pode retirar disto para nós próprios?

Sabendo que em breve seria retirado deles, Jesus preparou os discípulos para a Sua partida, mas eles não deram ouvidos. Sabendo o que iria acontecer em Jerusalém, Ele preparou-os para a Sua paixão, mas eles não deram ouvidos. Chegaram a Jerusalém totalmente desprevenidos.
No decorrer do ministério de Jesus, os discípulos pareciam olhar para o que Ele fazia mais do que ouvir o que Ele dizia. Os actos de Jesus confirmavam as esperanças messiânicas que eles tinham, e isso agradava-lhes imenso. Na experiência da Transfiguração, a Voz celestial convidou-os a ouvir Jesus, mas eles não tiraram qualquer proveito dessas instruções que Ele deu sobre a Sua Paixão.
Depois da refeição da Páscoa, Jesus procurou mostrar aos Seus seguidores o que os esperava no futuro, mas eles não deram ouvidos. No Jardim, Ele procurou levá-los a orar para terem forças, mas eles preferiram dormir.

Medite acerca de tudo o que Jesus fez por si pessoalmente: as promessas, a esperança, os dons que lhe concedeu, as transformações que operou na sua vida, as provas para fortalecer a sua fé, tudo por intermédio de Cristo. De que modo podemos nós, apegando-nos a estas coisas, evitar os erros dos discípulos?

SEXTA-FEIRA. 7 de Março
CONCLUSÃO E REFLEXÃO

ESTUDO ADICIONAL:
 Leia The SDA Bible Commentary (O Comentário Bíblico ASD), vol. 5, pp. 208-211, 465, 466, 524-529, 595-597, 635, 636, 775, 776, 962, 963, 2020, 2021; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pp. 364-380 [capítulo XXXIX], 437, 438 [capítulo XLVIII] 547-551 [capítulo LX], 559-565 [LXII], 809-817 [capítulo LXXXV]; Actos dos Apóstolos, pp. 539-543.
“O amor ao dinheiro no coração de Judas ia crescendo com a prática das suas astutas capacidades. A sua capacidade prática nos meandros financeiros, se exercida e iluminada e moldada pelo Espírito Santo, teria sido de enorme serviço para a pequenina igreja. Pela santificação do seu espírito, ele teria tido uma percepção clara e um discernimento correcto da forma de apreciar as coisas celestiais. Só que planos de estratégias mundanas eram constantemente acariciados por Judas. Não houve nenhum pecado flagrante da sua parte, mas a sua perspicaz maquinação, o espírito egoísta e avarento que o dominava, conduziram-no finalmente à venda do seu Senhor por uma irrisória soma de dinheiro.” – Ellen G. White, The SDA Bible Commentary (O Comentário Bíblico ASD), vol. 5, p. 1101.
“Judas andou com Cristo ao longo de todo o período do ministério público do Salvador. Ele teve tudo o que Cristo lhe podia dar…. Tivesse ele procurado ser uma bênção, em vez de ser um homem sempre a questionar e a criticar, e o Senhor tê-lo-ia usado para fazer avançar o Seu reino. Só que Judas era um especulador. Pensava ele que podia gerir as finanças da igreja e, pela sua astúcia no negócio, obter lucros. Ele tinha o coração dividido. Adorava o louvor do mundo. Recusava-se a abandonar o mundo por Cristo. Nunca consagrou a Cristo os seus interesses eternos …. Judas foi uma fraude religiosa.” – Ellen G. White, SDA Bible Commentary (O Comentário Bíblico ASD), vol. 5, pp. 1101, 1102.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:

1. Se os discípulos são seguidores, aqueles que seguem as suas ideias e programas próprios continuam ainda a ser discípulos? Pensem nesta pergunta e na vossa resposta.

2. De que outros modelos de discipulado sob pressão se consegue lembrar, e que lições se podem retirar deles?

3. Enquanto se pode perceber em Pedro uma pessoa que avançava demasiado depressa, apenas para tropeçar e cair, quais são os perigos de ser demasiado cauteloso? Em que aspectos podemos ir longe de mais no outro sentido? Pensem nisto e levem algumas ideias para a classe. Ao fazê-lo, pensem na vossa igreja local como um todo. Está a vossa igreja local demasiado inclinada a adiantar-se ao Senhor, ou tende a ser demasiado tímida para seguir as directrizes do Senhor? O que podem fazer, como classe para ajudar a igreja a encontrar o equilíbrio certo?


CLIQUE NOS FICHEIROS A SEGUIR PARA ESCUTAR A LIÇÃO REFERENTE A CADA DIA DA SEMANA
Fim da Página Digitalizada
Sábado
Domingo
Segunda-Feira
Terça-Feira
Quarta-Feira
Quinta-Feira
Sexta-Feira
Hinovoltar