ESCOLA SABATINA (Estudo Diário da Bíblia)

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LIÇÃO 11
9 A 5 de Março

MAIS LIÇÕES SOBRE DISCIPULADO

SÁBADO A TARDE

LEITURA PARA O ESTUDO DA SEM ANA: Mateus 14:22-33; Marcos 4:36-41,6:51 e 52; Lucas 8:25, 24:37; João 6:19.

VERSO ÁUREO: “Mas Jesus imediatamente lhes falou: ´Coragem! Sou eu. Não tenham medo,” Mateus 14:27, TIC.

JESUS SELECCIONOU OS SEUS DISCÍPULOS
 para que estes pudessem estar com Ele e aprender com Ele. Aparentemente, eles não foram tão argutos e hábeis como seria de esperar. Até que ponto somos nós diferentes? Alguns de nós já andam com o Senhor há vários anos, e ainda assim não compreendemos totalmente quais são os requisitos do discipulado. Tal como é no mundo natural, também o é no espiritual. O crescimento é essencial para a vida. Cada dia devia trazer algum crescimento em profundidade, amplidão e altura. Que preparação do solo e dos nutrientes faz pessoalmente para garantir o crescimento e sucesso no discipulado?
A lição desta semana vai estudar mais exemplos da Palavra de Deus, que nos podem ajudar a compreender o que significa ser discípulo de Cristo.

A SEMANA NUM RELANCE: Por que motivo os discípulos de Cristo se mostravam tantas vezes cheios de medo? O que é que se pode aprender com os avisos feitos por Jesus a respeito do fermento dos Fariseus? Como é que reagimos perante aqueles que propositadamente fecham o coração ao nosso testemunho?

DOMINGO, 9 de Março
LIÇÕES DO MAR – Parte I


Na altura dos acontecimentos relatados em Marcos 4, já os discípulos tinham estado com Jesus durante algum tempo. Deve ter sido bastante o que aprenderam aos pés do Mestre.

Leia Marcos 4:36-41. O que é que há de tão revelador nas palavras que eles Lhe dirigiram no versículo 38? Com que frequência damos connosco a ter reacções semelhantes em momentos assustadores?

É fácil nós fazermos a mesma coisa, quando surge a tragédia ou os problemas nos batem à porte, indagar se Deus tem algum interesse por nós. A ironia disto tudo é que Jesus estava lá com eles o tempo todo. Foi Ele quem, para começar, lhes disse que pegassem no barco e atravessassem para o outro lado. A tempestade não O apanhou de surpresa, assim como O não apanham as nossas provações.

Que significado e importância (se há alguma) tem o facto de terem sido os discípulos, e não a tempestade, o que acordou Jesus?

Repare-se no elemento do pavor estampado nos discípulos ao longo de todo o relato. Tiveram medo da tempestade; e, depois de acalmada a tempestade, parece que tiveram medo de Jesus. A manifestação de tal poder foi naturalmente impressionante, mas pensar-se-ia que, nesta altura, depois do tempo que tinham passado com Cristo, já deviam ter aprendido que nada tinham a temer da parte cTEIe. Pelo contrário, este poder devia-lhes ter sido uma fonte de grande esperança e consolação, porque nesta altura eles deviam conhecer o carácter d´Aquele que possuía todo aquele poder. Este relato demonstra que estes homens ainda tinham muita coisa a apreender sobre o que significava ser discípulo de Cristo.

Quando foi a última vez que se indagou pessoalmente se o Senhor se interessava por si, pela sua situação, fosse ela qual fosse? Que lições aprendeu com essa provação, capazes de poderem ser aproveitadas duma próxima vez em que enfrente uma dificuldade ou uma tragédia?

SEGUNDA-FEIRA, 10 de Março
LIÇÕES NO MAR – Parte II


Se se pensar bem na coisa, o mar é um excelente lugar para se aprenderem lições acerca do discipulado. Afinal de contas, embora como seres humanos sejamos totalmente dependentes de Deus para tudo (veja Job 12:10; Dan. 5:23; Actos 17:28), não é fácil esquecer isso quando se está sobre a água, onde o que está por baixo dos nossos pés não nos sustém, mas, pelo contrário, nos pode engolir. Talvez seja por essa razão que o Senhor escolheu o mar para ensinar aos Seus discípulos algumas lições mais sobre a fé, o elemento chave de qualquer discipulado bem sucedido.
Depois de uma viagem missionária bem sucedida (Marcos 6:6-13), depois de assistirem ao dar de comer a cinco mil e depois do primeiro encontro no lago, os discípulos já deviam finalmente estar a captar alguma coisa. Na noite após a multiplicação dos pães, eles foram apanhados por uma outra tempestade no lago, dessa vez sem Jesus estar no barco com eles.

Leia Mateus 14:22 e 33; Marcos 6:45-52. Quais foram os inúmeros erros que os discípulos cometeram nestes dois relatos?

Embora um dos relatos omita o episódio de Pedro a caminhar sobre a água, um ponto que ambos realçam é que aqueles que testemunharam o que aconteceu ficaram profundamente impressionados. Alguns abertamente chamaram a Jesus o Filho de Deus; no relato de Marcos, é dito que ficaram muito assombrados com a experiência que tinham vivido. Uma coisa era ser capaz de fazer o tempo atmosférico obedecer às Suas ordens, mas ter o poder de andar sobre a água, sobretudo no decorrer de uma tempestade, era diferente. Verdadeiramente eles tinham testemunhado o poder de Deus de maneiras tais que poucas pessoas já alguma vez viram.

Leia Marcos 6:51 e 52. Que ponto, no seu entender, queria Marcos salientar acerca da fé e da crença? Que lições poderá haver para nós nisso?

TERÇA-FEIRA, 11 de Março
O FERMENTO DOS FARISEUS

Leia Mateus 16:1-12 e depois responda às seguintes perguntas:

1.Que evidência temos de que os dirigentes que vieram ter com Jesus não eram sinceros na pergunta que fizeram? Afinal, o que é que há de errado em ter um sinal do Céu? Não está a Bíblia repleta de sinais do Céu? Que lição devemos nós, como discípulos aprender com o que ali aconteceu? Veja capítulos anteriores em Mateus; veja também Lucas 16:29-31

2. Dê uma atenção cuidada às palavras de Jesus dirigidas aos Saduceus e aos Fariseus. Que princípio está por detrás da advertência específica que lhes foi dada (Mat. 23:23)?

3. Leia as palavras de Jesus dirigidas aos discípulos em Mateus 16:8-11. Que pormenor pretendeu Jesus salientar perante eles? Por que motivo achamos ser tão fácil fazer a mesma coisa, isto é, esquecer as grandes coisas que Deus fez diante dos nossos olhos?


Que contraste entre o Pão da Vida e o fermento dos Saduceus e dos Fariseus, e, no entanto, como é fácil confundi-los. Todos os discípulos de Cristo precisam de estar cientes de que a crença, ou o seguir tradições, ou o defender a fé nem sempre são o mesmo que ser discípulo de Cristo. É muito fácil, uma vez que estejamos acomodados, talvez até confortáveis, naquilo em que acreditamos, ou na forma como prestamos culto de adoração, ou na forma como praticamos a nossa fé, permitir que tais coisas se tornem fins em si mesmas, em vez de serem os meios para chegar a um fim. Este fim, naturalmente, é ser um fiel discípulo de Cristo, cumprindo a Sua vontade e revelando o Seu amor e o Seu carácter ao mundo.

QUARTA-FEIRA, 12 de Março
LIÇÕES DO MEDO

“No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor” (l João 4:18).

Talvez já tenha notado uma coisa ao longo deste estudo, e isso é a frequência com que os discípulos se mostraram receosos. Ao longo dos Evangelhos, encontramos vez após vez os discípulos nas mais diversas situações, e vez após vez a Bíblia relata que eles estavam com medo.

O que é que havia nessas diversas situações que lhes provocava receio e temor? Mat. 14:27,17:6 e 7; Marcos 10:32; Lucas 8:25, 24:37; João 6:19. Que lições podemos aprender com as experiências dos discípulos?

Leia Marcos 9:30-32. Neste caso, o que foi que os fez sentir medo? Que importante pormenor se pode recolher deste exemplo?


O que é tão triste neste caso é eles estarem com medo daquela única coisa que lhes oferecia a maior esperança que poderiam ter: a salvação mediante a morte expiatória de Jesus em seu favor. Tinham medo daquilo que não conseguiam entender; temiam aquilo a que não queriam dar ouvidos. Tivessem eles compreendido tudo o que estava envolvido na Cruz e não teriam tido medo. Por isso, foi a sua ignorância que os manteve medrosos.
Como discípulos, como seguidores de Cristo, devemos, de entre todas as pessoas, ser quem menos medo tem. O mesmo Jesus que conseguiu andar sobre as águas no meio duma tempestade, que pôde trazer cura a um paralítico, que pôde alimentar cinco mil apenas com alguns pães, é o mesmo que revelou o Seu amor por nós morrendo, como nosso substituto, na cruz. É certo que o pecado é real, que o diabo é real, que o inferno é real, e que nós precisamos de estar cientes dos perigos para a nossa alma (Mat. 10:28), mas no fim disto tudo, como discípulos, enquanto nos apegarmos à realidade do amor de Deus, tal como revelado em Cristo, devemos aprender a viver na esperança e no encorajamento do admirável amor de Deus por nós e da graça manifestada para connosco.

QUINTA-FEIRA, 13 de Março
DESCIPULADO E TESTEMUNHO

“Desejo que o ateísmo seja verdadeiro e sinto-me desconfortável com o facto de algumas das pessoas mais inteligentes e mais bem informadas serem crentes religiosos. Não é simplesmente o eu não acreditar em Deus e, naturalmente, esperar que eu esteja certo na minha crença. É que eu espero que não haja Deus nenhum! Eu não quero que haja um Deus; não quero que o Universo seja dessa maneira.”
 -Thomas Nagel, The Last Word (A Última Palavra). Nova York: Oxford University Press, 1997, p. 130.

Repare na citação acima. Como discípulos, qual é a nossa atitude para com alguém assim? Que textos bíblicos vêm à mente ao pensar nesta pessoa? Escreva esses textos.

Agora que acabou de escrever os textos, passe algum tempo a revê-los. Há algum tema particular que sobressai? Os textos que escolheu são de compaixão, julgamento, tristeza ou retribuição? Ou doutra coisa qualquer? O que é que a sua resposta diz acerca de si mesmo/a?


Uma parte inseparável do que significa ser discípulo é, obviamente, o testemunho. Ao longo de todos os Evangelhos, vemos Jesus a preparar os Seus discípulos para que conduzissem outros à salvação. Alguns indivíduos crêem logo de imediato; outros parecem determinados a rejeitar Jesus haja o que houver.
Não há dúvidas de que, como discípulos de Cristo, nós como testemunhas, vamos encontrar todos os tipos, incluindo aqueles que, talvez não tão honestamente como o homem citado acima, reflectirão o mesmo tipo de atitude.
Como reagimos nós a pessoas destas? Com ira? Com amor? Com um sentimento de fracasso? Com todas ou com nenhuma destas reacções?
Que lições podemos aprender com a vida e com os ensinamentos de Jesus, as quais nos ajudarão, como discípulos Seus, a lidar com aqueles que estão determinados em manter encerrado o coração e a mente? Em que momento, se há alguma vez algum, é que termina a nossa responsabilidade para com eles?

SEXTA-FEIRA, 14 de Março
REFLEXÃO E CONCLUSÃO

ESTUDO ADICIONAL:
 Leia The SDA Bible Commentary (O Comentário Bíblico ASD), vol. 5, pp. 415-417, 426-441, 746-750; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pp. 333-341 [XXXV], 377-382 [capítulo XL], 410-425 [capítulos XLV e XLVI], 795-801 [capítulo LXXXIII]; Parábolas de Jesus, p. 40; O Grande Conflito, pp. 349, 350 [capítulo 19].
“Embora Pedro tenha estado muito tempo com o Mestre, tinha uma concepção muito imperfeita do plano da salvação. Não era seu desejo ver a cruz na obra de Cristo; mas era por meio da cruz que a vida e a esperança deviam chegar aos homens a perecer.” – Ellen G. White, Review and Herald (Revista e Arauto), 7 de Abril de 1891.
“Não devem os filhos de Deus estar sujeitos aos sentimentos e emoções. Quando flutuam entre a esperança e o temor, o coração de Cristo é ferido; pois lhes tem dado inconfundíveis evidências do Seu amor. Ele quer que sejam firmados, fortalecidos e estabelecidos na mais santa fé. Ele quer que façam a obra que Ele lhes deu; então o seu coração se tornará em Suas mãos como harpas sagradas, cada corda das quais emitirá louvores e acções de graças Àquele que foi enviado por Deus para tirar os pecados do mundo.” – Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, pp. 518, 519.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:

1. Quais são algumas das coisas de que pessoalmente tem medo? De que modo vai aprender a vencer esses temores? Por outro lado, há coisas de que devemos, com razão, ter medo? Prepare-se para analisarem as respostas na classe no dia de Sábado.

2. Quais são algumas das maneiras de nos tornarmos Saduceus e Fariseus dos dias de hoje? Que razão torna isso mais fácil do que pensamos? De que maneira essas atitudes se manifestam na igreja da actualidade? Mais ainda, quais são os passos que alguém dá para passar de discípulo a fariseu? Esses passos são mais fáceis do que passar de fariseu a discípulo? Prepare-
-se para defender os seus pensamentos na classe.

3. O que é que classificaria como o fermento dos Saduceus e Fariseus na igreja de hoje?

4. Na classe, falem acerca da atitude do homem referido na secção de quinta-
-feira. Em que aspectos são os princípios dessa atitude manifestados em nós, mesmo como crentes cristãos? Haverá coisas na nossa fé ou nas nossas doutrinas para as quais encerramos a mente, simplesmente porque não queremos acreditar nelas? Poderá ser que temos muita dificuldade em aprender as lições que o Senhor nos quer ensinar porque simplesmente nós não as queremos aprender?

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